Você é grato? Será que a gente sabe demonstrar para Deus, para o mundo, para a vida, para as pessoas à nossa volta aquilo que está dentro do nosso coração? Como é que a gente faz para demonstrar essa gratidão interna?
Esse questionamento me fez pensar na minha própria gratidão. Eu sou muito grata a algumas pessoas em especial na minha vida. Eu sou muito grata ao meu ex-marido, por exemplo, que super me ajuda em diversos projetos. Ele me ajuda em tanta coisa que eu também me faço essa pergunta: como demonstrar essa gratidão toda?
Eu sou muito grata a algumas amigas presentes na minha vida quando eu precisei de um apoio, como a Claudinha, a Ana Luísa, a Vivi, e outras.
Eu sou muito grata à minha equipe que trabalha comigo e, às vezes, tem que aguentar a chata da Catia, quando a Catia “dá piti”.
Pessoas e familiares que estão longe agora, que eu não vejo faz tempo, mas já foram importantes em momentos da minha vida. Também sou grata a elas.
Como, afinal, a gente faz para demonstrar essa gratidão toda?
Confesso que não consegui uma resposta adequada pensando desse jeito. E, então, eu me coloquei do outro lado, do lado da pessoa que fez algo para o outro. Eu mesma já fiz muita coisa por um monte de gente, e fiquei feliz só por fazer.
Algumas vezes, gente que não tinha condições financeiras de realizar um curso importante para sua carreira profissional eu pude ajudar. Ou pessoas que precisaram do meu apoio como terapeuta ou amiga, e eu consegui ajudar.
Fico pensando na educação que eu dei para as minhas filhas.
Como será que eu gostaria de receber de volta a gratidão dessas pessoas? Será que eu gostaria que elas me procurassem e dissessem “Catia, o que eu posso fazer por você?”. Ou que elas pegassem na minha mão, que me dessem presentes?
Não. Quando eu olho bem dentro de mim, eu percebo que não preciso nada disso. Para mim, a maior prova de gratidão é quando a outra pessoa faz bom uso daquilo que eu pude entregar para ela. E fazer bom uso significa que eu vejo agora que esta pessoa está bem, está inteira, está feliz! Que, independente do que eu tenha proporcionado a ela, o fato de eu perceber este bom resultado já é tudo o que eu preciso.
Aí, depois dessa reflexão, eu me coloco de volta naquele outro lugar, daquele que recebeu algo de alguém. E olho para as pessoas que me ajudaram, me pergunto como eu posso demonstrar essa minha gratidão. Então, percebo que a melhor forma é mostrando que eu estou bem, que estou feliz. Que aquilo que recebi fez realmente bem para mim. E mais nada!
Porque essa relação de troca que a gente tem na nossa vida – eu dou, eu recebo – nós fazemos sempre.
Por isso, se você está recebendo algo de alguém agora, pense em todos os momentos que você também deu algo para alguém. Quando você também ajudou o outro. Eu tenho certeza que isso também aconteceu.
A vida é assim. A gente recebe aqui, entrega ali.
Acredito que deve ser como Deus, como o Sol, como a vida, que estão sempre ali brilhando, dando, entregando. Será que Deus precisa de agradecimento? Não. Acho que quem precisa é a gente mesmo.
Será que o Sol precisa de agradecimento pela luz que ele entrega todos os dias? Não, a gente é que acha que precisa mostrar essa gratidão.
Ser grato, para mim, é sentir internamente que sou tão grata que aquilo que eu posso eu também entrego – e não necessariamente para quem me deu algo antes. Mas sim para quem estiver ali, ao meu alcance e precisando.
Às vezes, a pessoa que entregou necessita apenas de um olhar. Um “valeu, nesse momento você está me ajudando muito e, assim que eu puder, isso que você está me dando hoje eu também vou entregar para alguém”. Assim, a vida anda e todos nós vivemos nesse estado de gratidão. Porque a vida é desse jeito.
Gostou deste artigo? Comente e compartilhe em suas redes sociais. Ah, também não se esqueça de se inscrever em nossa lista de atualizações do blog.